sexta-feira, 23 de março de 2012

Sampaio à Antena1: "Não vamos ser hipócritas!"

Jorge Sampaio, o antigo Presidente da República,  em entrevista à Antena1, a propósito dos 50 anos da crise académica de 62.
Apesar de não se referir concretamente a questões de actualidade, o antigo presidente da República considerou que o seu partido, o PS, tem de arrumar o passado arquivá-lo depois de perceber o que correu bem e mal” porque“é errado dizer que foram 6 anos horrorosos”. O mais importante é saber qual a resposta da esquerda democrática sobre o Estado Social, quais as reformas do Capitalismo. O PS tem de programar novas ideias, abrir, chamar. Está a ser feito um esforço.

Sobre a forma como a instituição Presidência da República está a agir neste momento, mais uma vez o antigo Presidente da República fala no geral, mas vai dizendo que é necessário um Presidente que arbitre e modere e quanto mais cuidado isso for, melhor. Diz que não há nenhum poder em Portugal que goste da interferência do Presidente “não vamos ser hipócritas!”, diz Sampaio que não se refere ao que está,“mas ao que é preciso” .
 
“O estado de Direito mete águas em muitos sítios” diz Jorge Sampaio que anota a dureza da crise inicial, o que não é razão para desistir. “A democracia diz pouco a quem não tem emprego

Por isso, o antigo Presidente questiona-se sobre a necessidade de conciliar a diversidade cultural com a coesão. Se não há sentimento de pertença, “porque hei-de ir votar, se não me acontece nada”, comenta Jorge Sampaio.

Jorge Sampaio pede prudência para a reforma administrativa (do Ministro Miguel Relvas), é necessário ouvir as pessoas o que demora tempo, mas “nem todos os calendários têm de ser os daTroika”, mas atenção ao interior “não pode ficar um deserto”.

O esforço que a sociedade tem a fazer é evitar os excluídos que, reconhece Jorge Sampaio, são cada vez mais. Não é bom para nada haver mais postos à margem. 
E o abandono dos universitários hoje por falta de condições, vai afectar o futuro de Portugal. É mais um alerta do antigo Presidente 50 anos depois da crise de 62.

Sem comentários:

Enviar um comentário